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O Que é Transporte de Material Biológico

O Que é Transporte de Material Biológico

Em 2014, foi implementada a Resolução de Diretoria Colegiada n°20 (RDC 20), a qual definiu claramente o que é transporte de material biológico e as suas obrigações.

A RDC 20 foi um marco para o setor de transporte de material biológico, que precisa ter processos próprios e merece cuidados especiais, afinal, ela trabalha em conjunto com uma área bem delicada, a da saúde.

A RDC 20 ficou vigente durante 7 antes, de 2014 até 2021, quando foi então substituída pela RDC 504. A nova resolução manteve o mesmo conteúdo técnico da anterior, alterando apenas questões burocráticas internas da ANVISA.

Neste post, separamos de maneira objetiva tudo o que você precisa saber sobre o assunto:

Qual a importância do transporte de material biológico?

O transporte de materiais biológicos é parte especial da área Logística e está incluso na fase pré-analítica de materiais biológicos e sensíveis. Ele diz respeito a todo o processo e o percurso realizados para levar um material de uma ponta a outra, a fim de que ele chegue devidamente estável ao seu destinatário.

Como o transporte de material biológico é regulamentado?

Atualmente o transporte de materiais biológicos é regulamentado pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 504, publicada em 2021.

Como funciona o transporte de materiais biológicos?

De acordo com a resolução da Anvisa, o transporte de materiais biológicos deve envolver o uso de embalagens adequadas, documentos que garantem a segurança e modais que se adequem às necessidades da carga transportada. Confira, a seguir, como funciona todo esse processo.

Quais são as subdivisões dos materiais biológicos?

Existem diferentes classificações de materiais biológicos. Elas precisam ser conhecidas, para que sejamos capazes de identificar, minimizar ou até eliminar os riscos envolvidos na atividade. As quatro principais categorias são, de acordo com o manual da Anvisa:

Categoria A

Primeiramente, a categoria A abrange um material biológico infeccioso, sinalizado como UN 2814 ou UN 2900. A exposição a ele pode causar incapacidade permanente ou enfermidade mortal, pondo em risco a vida humana ou de animais.

Categoria B

Na categoria B, encontramos o material biológico infeccioso que não se inclui na categoria A. São classificados como “substância biológica de Categoria B” UN3373. Em suma, este tipo engloba amostras de pacientes suspeitos ou que haja confirmação da presença de agentes infecciosos causadores de doenças em humanos.

Risco Mínimo

Em seguida, temos a categoria que inclui materiais biológicos provenientes de indivíduos saudáveis, submetidos a juízo profissional baseado em história clínica, sintomas e características individuais que assegurem a probabilidade mínima do material biológico conter microrganismos patogênicos.

Isentos

Por fim, essa classe abrange materiais que não oferecem qualquer risco a vida humana por não conter agentes infecciosos.

A classificação de risco biológico refere-se ao nível de perigo diante à exposição a agentes biológicos — determinada pela facilidade de transmissão por meio de materiais biológicos e reversibilidade da doença, devido à disponibilidade de tratamentos e preventivos conhecidos.

Aqui na LogLife, somos especialistas exatamente no transporte de material biológico, oferecendo toda a segurança para as amostras e àqueles que a transportam.

Quais são os documentos necessários para o transportador de materiais biológicos?

Além de outros, os documentos básico, mínimos, são:

  • Alvará de Localização;
  • Alvará Sanitário;
  • Certidão de regularidade do Responsável Técnico junto ao conselho de classe;
  • Certificado de Regularidade junto ao IBAMA;
  • PPRA;
  • PCMSO.

Bem como as documentações constituintes da pessoa jurídica, como Contrato Social, CNPJ, inscrições estaduais e municipais, dentre outros documentos específicos de acordo com cada VISA.

Caixas específicas para o transporte de material biológico

De acordo com a Anvisa, o sistema de embalagens para transportar o material biológico com segurança precisa ser constituído essencialmente por três componentes:

  • Embalagem Primária: recipiente que entra em contato direto com o material, por exemplo: tubos de coleta. Este material deverá ser disponibilizado pelo cliente;
  • Embalagem Secundária: deve ter capacidade para envolver e conter a embalagem primária, por exemplo: saco plástico, plástico bolha, material absorvente e lacre; 
  • Embalagem Terciária (externa): recipiente com rigidez adequada, por exemplo: caixa de isopor e caixa de papelão.

Portanto, os recipientes primários devem ser acondicionados em embalagens secundárias de modo que, sob condições normais de transporte, não possam romper ou ser perfurados, nem que seu conteúdo possa vazar.

Quais são os modos de conservação do material biológico durante o transporte?

Primeiramente, para manter a estabilidade do material, é necessário que ele seja acondicionado de forma adequada, levando em conta o seu prazo de duração, a forma como ele será analisado e também o tempo de percurso.

Existem 3 formas de conservação dos materiais biológicos para que suportem a trajetória do remetente ao destinatário:

  • Ambiente: aqui, o material biológico é transportado dentro da caixa sem nenhum tipo de refrigerante ou congelante;
  • Refrigerado: nesse caso, usa-se gelo reciclável, também conhecido como gelox, para garantir o resfriamento do material biológico;
  • Congelado: o material congelado requer o uso de gelo seco (ou nitrogênio líquido) para o transporte.

Além disso, no caso de materiais refrigerados e congelados, o estabelecimento preciso da quantidade de gelox ou gelo seco necessária para manter a estabilidade do material é de suma importância.

Quais são os possíveis modais para transporte de material biológico?

Os modais mais comuns usados para transportar materiais biológicos são o aéreo — normalmente utilizado para transportes interestaduais, devido às maiores distâncias — e o terrestre — que pode ser realizado por carros, motos, caminhões e furgões, por exemplo, sendo, assim, mais utilizado para transportes intermunicipais ou locais.

Documentos necessários para cada modal

O principal documento para o transporte de material biológico é a declaração de conteúdo.

A sua principal função, de acordo com a IATA e mesmo com a RDC 504, é a rastreabilidade do material, bem como a fácil identificação do risco biológico em questão.

A Declaração de Conteúdo, juntamente com as etiquetas de remetente/destinatário, identificação de risco da carga e telefone de contato emergencial, garantem a rastreabilidade e a segurança dos envolvidos. .

Sendo assim, algumas diferenças entre os modais são:

Transporte Aéreo (normas da ANAC)

O transporte de amostras biológicas por via aérea exige basicamente a declaração de conteúdo e a certificação das embalagens de transporte, no caso de categoria A ou B. Para risco mínimo e material isento, somente a declaração de conteúdo.

Transporte Terrestre (normas da ANTT)

Para o transporte terrestre, o principal ponto é a declaração de conteúdo, não sendo necessário apresentar a certificação da embalagem no embarque.

Sendo assim, são vários os detalhes dos quais cuidamos diariamente para garantir o cumprimento das normas de segurança e proteger vidas!

Quem pode transportar material biológico?

O transporte de material biológico pode ser feito pelo próprio laboratório, hospital ou mesmo o pesquisador. Porém, caso seja terceirizado, ele só pode ser transportado por empresa devidamente qualificada e autorizada conforme as normas da ANVISA para tal fim.

Como é feito o transporte de material biológico?

Ademais, o transporte biológico é comumente realizado por motos (exceto Categoria A), carros utilitários, caminhões e aviões. Através da utilização de embalagens apropriadas, o transporte de material biológico pode ser feito com total segurança.

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